VENCENDO NA INDÚSTRIA GRÁFICA NO SÉCULO XXI – Texto de Flávio Botana

30/08/2012 at 3:57 PM 5 comentários

A Era da Informação transformou o modelo de gestão de todas as empresas. Hoje as empresas compram, vendem, administram e controlam usando intensivamente a tecnologia de informação e, mais particularmente, a Internet. Todas as empresas tiveram que se repensar e se modernizar.

Porém, no caso particular da indústria gráfica o efeito da nova tecnologia é ainda mais devastador, pois além de mudar o modelo de gestão das empresas, a tecnologia afetou os nossos produtos: a internet mudou o mercado de jornais e revistas, a nota fiscal eletrônica desestruturou o mercado de formulários contínuos, boletos e contas estão sendo enviados eletronicamente, os e-books redefinem o mercado de livros… e certamente mais mudanças virão.

E isso altera a estrutura básica de nossas empresas gráficas. A última Drupa, realizada em Maio de 2012, apontou algumas possíveis e prováveis novas tecnologias que podem alterar significativamente a forma de se produzir na indústria gráfica.

Diante deste mosaico de novidades a pergunta que não sai da cabeça dos empresários gráficos é: Como viver e prosperar neste mercado tão instável?

Um primeiro aspecto a considerar para responder esta pergunta é que não acreditamos que qualquer empresa possa criar e manter um diferencial competitivo sustentável e duradouro baseado em tecnologia.

As novas tecnologias são facilmente acessíveis nos dias de hoje, além de também serem rapidamente imitadas. Sendo assim, acreditamos que o diferencial competitivo das empresas de sucesso do século XXI estará apoiado nas pessoas. E os processos de gestão terão papel fundamental na criação e solidificação destes diferenciais.

A nova gestão da indústria gráfica, dentro deste ambiente de mudanças intensas e rápidas, deve ser estratégica. E pensando estrategicamente, observam-se duas possíveis ações gerenciais para consolidar a posição das nossas empresas no mercado: ou a nossa empresa se destaca no mercado pela INOVAÇÃO, ou terá a necessidade de ter uma impressionante EFICIÊNCIA OPERACIONAL para poder competir num mercado com tendências à commoditização.

INOVAÇÃO

A empresa que conseguir usar as novas tecnologias para criar produtos ou serviços novos para os seus clientes, que resolvam eficazmente alguns de seus problemas terão lugar de destaque no mundo de negócios da indústria gráfica. Certamente para isso os empresários precisarão “pensar fora da caixa”, entendendo os problemas que afetam o negócio de seu cliente e criando valor para ele.

É a geração de resultados através das receitas provenientes da geração de valor para o cliente.

EFICIÊNCIA OPERACIONAL

Os que não conseguirem criar valor para o cliente terão que competir ferozmente num mercado com abundância de oferta. Isto quer dizer que não existirá espaço para as empresas competirem a menos que elas tenham custos absurdamente competitivos.

Isso só será alcançado em uma empresa que tem os recursos adequados, utiliza estes recursos intensamente, tendo um alto nível de utilização dos equipamentos; consegue obter um desempenho exemplar e com uma baixa taxa de desperdício de matérias primas. Tudo isso aliado a uma alta competência de negociação em compras.

É a geração de resultados através da redução de custos provenientes da gestão eficaz da empresa.

 

E estas ações gerenciais não ocorrerão espontaneamente. Elas precisam ser elaboradas, “arquitetadas” e implementadas por gestores competentes e comprometidos. É um processo que passa pela formação de uma equipe competente, com a implementação de procedimentos adequados e com a implementação de uma liderança ativa e com o espírito de “suportar” a sua equipe na obtenção dos resultados.

Este é um processo que não é simples e não é rápido, mas é praticamente a única alternativa para quem quer progredir no mercado gráfico nos próximos anos.

Entry filed under: Gestão.

3 anos, uma impressão – Texto de Clayton Fernandes dos Santos – Um recém-formado Tecnólogo Gráfico Senso crítico e criatividade: questão de sobrevivência – Valéria Sepulveda da Costa. (Fonte: www.hsm.com.br)

5 Comentários Add your own

  • 1. Renato  |  31/08/2012 às 11:49 AM

    Bom artigo Flávio! Realmente a informatização e a digitalização estão mudando muito a área gráfica, e a gestão tem desafios enormes para enfrentar!

    http://www.elograf.com.br

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  • 2. Reynaldo Bragante  |  04/09/2012 às 4:44 PM

    Desafio é a palavra de ordem, não só na indústria gráfica como no mundo.
    Há que se inovar, muito, pois as mesmas coisas estão sendo produzidas das mesmas maneiras a todo tempo.
    Será que as tecnologias digitais se popularizarão para que a indústria (sucateada) gráfica possa investir nelas???
    Será que os pioneiros irão investir milhões em máquinas que em menos de um ano se tornarão obsoletas e, pior de tudo, impagáveis???
    Será que o mercado de máquinas gráficas se tornará uma grande locadora devido o retorno baixíssimo que as gráficas estão tendo de seus investimentos???
    A verdade é uma só, do modo que está não subsiste, tudo vai mudar com certeza, se para melhor ou para pior o tempo irá dizer.
    Abraço a todos.

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  • 3. Anselmo  |  25/09/2012 às 10:48 AM

    Estamos vivendo tempo de mudanças radicais, e cada vez a necessidade de profissionais qualificados se intensifica, tornando imprescindível a informação, as gráficas que buscarem os melhores profissionais ou qualificarem os seus, serão a que mais destacarão no mercado, e a busca de mão-de-obra está se tornando tão ou mais importante do que a busca por equipamento melhores.

    Responder
  • 4. Danilo  |  16/10/2012 às 3:12 PM

    Para se diferenciar, as gráficas terão que inovar e encontrar produtos ou serviços que atendem as necessidades dos clientes. FATO. Mas qual é a necessidade dos clientes de seus clientes? Vejo que a digitalização dos meios é irreversível e os conteúdos desejados e consumidos pelos clientes dos clientes serão digitais. Com exceção das embalagens, displays e livros didáticos (para o governo apenas), os demais meios como jornais, revistas e livros impressos serão extinguidos.

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    • 5. J.C.Cardoso  |  17/10/2012 às 11:33 AM

      Danilo:
      A curto e médio prazo ainda acho que não, mas creio que num futuro distante, nosso hábitos de leitura mudem.
      Fiz meu TCC da Pós com o Botana sobre papel reciclado e abordei muito essa questão no capítulo sobre “tendências para o futuro”.

      Responder

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