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A atualidade pede líderes abertos – Charlene Li (Fonte: www.hsm.com.br)

Charlene Li estará presente no Fórum Marketing & Consumer Trends no dia 28 de setembro de 2011 para falar sobre social network marketing

Ser um líder aberto é mais eficaz do que tentar ser controlador. Quem garantia sua posição em cima da crença de que “informação é poder”, já não consegue mais garantir. Informação ainda é poder, mas ninguém detém seu fluxo. Muitos executivos ainda resistem a encarar esse fato. Quem defende essa ideia é Charlene Li, consultora especializada em estratégias digitais, que realizará palestra no Fórum HSM Marketing & Customer Trends, no dia 28 de setembro, em São Paulo.

Em artigo publicado pela revista HSM Management, a coautora, com Josh Bernoff, do livro Fenômenos sociais nos negócios (ed. Campus/Elsevier), chama a atenção para a realidade: funcionários, clientes e qualquer pessoa que tenha computador ou telefone celular pode compartilhar informação com o mundo inteiro e elogiar ou criticar produtos, serviços ou a gestão de uma organização. Aquela velha forma de trabalhar, em que os gestores diziam aos funcionários o que, como e quando fazer, mal cabe nas pequenas empresas, quanto mais nas grandes. As redes e foros sociais mudaram a cara da liderança dos negócios.

Três tendências concorrem para que essa mudança se consolide:
• Aumentam o número de pessoas e o tempo de atividade delas online;
• O uso estendido dos sites sociais é cada vez mais comum: as pessoas dedicam muito tempo ao conteúdo que elas mesmas criam.
• A crescente inclinação a compartilhar. Cada nova onda tecnológica torna mais simples, rápido e barato compartilhar conteúdo.

No entanto, há quem acredita que, em tempos de muitas mudanças, é preciso manter-se firme na liderança vertical. Insistem, portanto, no modelo de comando e controle, com intercâmbio de informação limitado.
“Uma resposta mais efetiva é o que denomino de ‘liderança aberta’, que consiste em possuir confiança e humildade suficientes para não sentir necessidade de ter o controle e, inversamente, inspirar nas pessoas compromisso com as metas da organização”, afirma Li.

Em vez de repressores, catalisadores

A liderança aberta é uma combinação de mentalidade, temperamento, condutas aprendidas e capacidade de desenvolver e ampliar as habilidades. É catalisadora da mudança, tanto dentro como fora da organização.

Líderes abertos, segundo Li, tendem a ser otimistas com respeito às intenções das pessoas e a apostar nas situações nas quais “todos ganham”. Na visão desses executivos de vanguarda, quando as pessoas atuam em interesse próprio também beneficiam a organização. Tal otimismo lhes permite ser mais abertos com a informação.

Os bons líderes focam simultaneamente o próprio sucesso e o da equipe. Reconhecem suas limitações e aceitam a colaboração.
“Os líderes individualistas confiam primeiro nos próprios pontos fortes, o que não impede que cheguem a ser bem-sucedidos, mas é menos provável que utilizem estratégias abertas para explorar as vantagens da colaboração”, compara Li.

Integridade, honestidade, equidade, respeito pelas pessoas, senso de humor e audácia são as qualidades intangíveis essenciais ao líder, segundo Warren Bennis, autor de On becoming a leader (ed. Perseus Books). Mas novas habilidades e condutas são necessárias em um mundo em que as tecnologias sociais moldam as relações e a liderança fica exposta. Os líderes capazes de converter a colaboração em uma vantagem podem ampliar suas boas características e ações.

“Autenticidade” é um forte atributo para o líder da atualidade, que deve ser capaz de mostrar as partes relevantes de seu ser, colocá-las na conversação e saber que pontos de sua personalidade e de sua identidade deve mostrar e quando fazer isso. “É uma habilidade muito valorizada na hora de ser aceito por uma comunidade”, ressalta Li.

Como se tornar um líder aberto?

Os líderes abertos precisam aprender a administrar sua autenticidade, especialmente diante da grande variedade de audiências que podem ter nas redes sociais. “Todos cruzamos com pessoas muito autênticas, tão inflexivelmente fiéis a si mesmas que acabam afetando sua capacidade de atuar em uma organização. Não desenvolvem todo seu potencial porque não conseguem moderar-se e administrar sua autenticidade em um contexto específico.”

Então, o que a especialista recomenda para que uma pessoa se torne um líder aberto autêntico? A professora dá três conselhos:

1. Mantenha-se fiel a seus valores e concentre-se no que quer conseguir.
2. Comece pelo pequeno, como escrever um pequeno texto no blog da empresa.
3. Desenvolva transparência, algo definido por quem confia nos líderes.

“Para mim, transparência é tornar visíveis a informação e os processos. Você torna visíveis suas metas e também os desafios, bem como as ameaças e as oportunidades que enfrenta. Ferramentas não faltam para viabilizar tudo. Apenas é preciso usá-las”, alerta Li.

Referência: LI, Charlene. “Tecnologias sociais e o líder aberto”. HSM Management ed. 84, jan.-fev. 2011, p.14.

Portal HSM

27/09/2011 at 10:25 AM Deixe um comentário


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